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A rotina me faz bem

  • Foto do escritor: Guilherme Salgado
    Guilherme Salgado
  • 30 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Em época de pandemia brava, gostar da rotina conta ponto. Agora são exatamente 5h20 de quarta-feira, chegando o segundo semestre de um ano que o Brasil não esquecerá jamais, Deus do céu.

Já tomei meu café, + um pão com queijo, que não pode faltar.

E reinicio a leitura da extraordinária A montanha dos sete patamares, autobiografia de Thomas Merton. O livro não larga do meu pé (acordar às 5h para tê-lo por perto é a prova). Agora mesmo o adolescente Thomas está em Londres, à beira da cama da enfermaria do hospital em que jaz seu amado pai... A descrição desses momentos é comovente, se é que pode-se adjetivar a morte vista bem de perto, a centímetros. Em outro momento escreverei mais sobre o autor, deixando o livro seguir.

São 6h, aqui no prédio nada se ouve, silêncio total. Sonia e os meninos dormem o sono de quem trabalhou/estudou o dia inteiro.

Nisso o Luís Henrique acordou, vem à cozinha fazer o seu lanche da manhã, modéstia às favas deixado prontinho pelo pai. A aula começa às 7h10, segundo ano do Ensino Médio no Colégio do Carmo.

Faço outro café para a Sonia, perto das 7h30 vou acordá-la, levanta-se aos poucos, me abraçando e se declarando para o “anjinho” da sua vida (oba!)...

Volto à pena atendendo a “insistentes pedidos” do padre Luiz Fávero, querido amigo e irmão, desses com os quais se tem para tudo. Semana passada mesmo foi abençoar o escritório de advocacia, no Mariano Procópio, em que trabalham a Sonia, o Romário, a Carolina (irmã do Romário), e agora o filho João Vítor, 19 anos, trabalhando de dia, fazendo o segundo período de História na Universidade Federal, à noite.

Mais duas linhas sobre o padre Luizinho, como o chamamos: sujeito simples, firmeza na fé e no trabalho pastoral, merece lugar especial em nosso coração. Temos um grupo de zap, o Velhos Amigos, e ali rimos e contamos causos, verdadeiros ou não, tocando a vida.

Eles saem para o escritório, levo o Takeo para uma volta, e venho revisar, que trabalho há, graças!

Um abutre na Presidência

Nada mais deveria nos surpreender, vindo de quem vem: mas esse “presidente” incentivar crianças a retirar a máscara foi um gesto desleal, desumano, abjeto... E o faz sorrindo, sorriso de crocodilo (ele sim um grosseiro crocodilo), como sorri nas motociatas, contra as acusações de corrupção em relação à Covaxin, às desumanidades perpetradas corriqueiramente por um governo falido, destruído, inoperante.

Um sujeito mau em essência. Ele, os filhos e a corja podre que o cerca.

Termino com Simone de Beauvoir, magistral escritora francesa: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os oprimidos”.

Felizmente, essa cumplicidade anda diminuindo a passos enormes, afirmam as pesquisas.

 
 
 

2 Comments


Marilia Balbi
Marilia Balbi
Jun 30, 2021

Bom dia, Guilherme querido! A rotina me salvou nesta pandemia! Além da meditação diária, me inscrevi no ICL - Instituto Conhecimento Liberta, conhece? Por 47 reais ou 67 reais contribui para uma bolsa de estudos;, Eduardo Moreira e Jessé Souza & lançaram uma plataforma já com mais de 20 mil pessoas estudando online, além de mais de 40 cursos. Tem até cursinho p o Enem!E cursos como narrativa, filosofia, sociologia, história da música, do cinema e linguas: inglês, francês, chinês e espanhol. Foi aí que entrou mais uma rotina, voltei a estudar, principalmente o inglês, professora ótima! Agora agregou a minha rotina os estudos! E a podridão deste desgoverno já não me desequilibra mais, agora que está por um fio,…

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rogerio
Jun 30, 2021

Querido Guilherme, bom dia. É muito bom falar da rotina, para absorvê-la. Nestes tempos, temos tido rotinas que não tínhamos. Fomos compelidos a rotinizar! O verbo já foi sublinhado. Não existe no léxico, mas já faz parte de vida contemporânea.

Enviei ontem por Sedex seu exemplar de Enviesado Sol de Outono, que teve sua revisão profissional e amiga. Saúde!!

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