Meu pai e esse homem chamado Carlos Heitor Cony...
- Guilherme Salgado
- 6 de jan. de 2018
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Entre a morte do meu pai e a missa de sétimo dia, ambas aqui em Juiz de Fora, em maio de 1999, escrevi um texto, “O Pai”, distribuído na missa, em que relatei a profunda relação de amor que me unia ao Diógenes Mattos Rocha. Em duas páginas falei dos livros, do trabalho, da alegria, dos adjetivos que meu pai usava constantemente, disso tudo.
E citei o Cony, assim: “Coincidentemente, nos dias que cercaram a internação do meu pai, eu estava lendo o livro Quase-Memória, desse estupendo (para usar um adjetivo que meu pai usava costumeiramente) jornalista Carlos Heitor Cony, e exatamente no dia em que minha mãe me deu a notícia de sua internação, eu havia lido, poucos minutos antes, o trecho em que Cony comenta a morte do seu pai: “(...) uma despedida sem dor e sem lágrima, despedida de um caminhante exausto, fatigado, uma despedida geral e agradecida de quem doou a vida pelo objetivo de viver tudo, inclusive o ato final, a despedida sem mágoa e sem rancor”.

Passei por aqui para matar as saudades do querido MO. Beijos